Em frente, vamos!.

EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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terça-feira, 19 de maio de 2009

PL, in "Correio do Vouga" - 2009.05.19

Figo... maduro! Vinte anos depois

Chega ao fim a carreira de um dos mais valiosos futebolistas de todos os tempos.
Fosse ele espanhol, inglês ou italiano e teria outra expressão no mundo da bola!
Também por aqui, por este exemplo, constatamos como podemos ser grandes num universo tão pequeno. Ou seja, não basta ser grande para ser reconhecido entre os que são maiores. Temos de ser enormes!
Luís Figo colherá unanimidade entre todos no reconhecimento de ter sido vedeta sem cair em vedetismos! Com a saída da ribalta destes atletas (Figo, Rui Costa, Fernando Couto, João Pinto, Paulo Sousa… aqueles miúdos de 89 e 91, campeões do mundo!), termina um ciclo de trabalho que será caso de estudo. Nunca como nessa geração conseguimos o que percorremos nestes vinte anos.
Desde 89 que, quem gosta, olhava para as constelações mundiais do futebol e sentia (“algo bacoco” na expressão de alguns snobes) o orgulho de ver um próximo a triunfar por mérito próprio. Um trabalho projectado e realizado com sucesso. Portanto, o que devemos fazer sempre.
E agora?
A capacidade de sermos persistentes nas boas práticas é algo pouco consolidado. Temos dificuldade em nos libertarmos do “carpe diem” – a citação do poema de Horácio (65 - 8 AC), popularmente traduzida por “aproveita o momento”: “Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã; Não perguntes, saber é proibido, (…) mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento está a fugir-nos. Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã” (“Odes” I, 11.8).
Levantar o olhar e rasgar novos horizontes, descobrir novos mares; não ficar tolhido no cais, a ouvir os que têm medo de gente fundamentadamente determinada; os que têm medo de sair das águas paradas.
São esses, até amigos, próximos, que, com oS seus medos alicerçados na convicção de que não mexer muito é o melhor para o bem comum, impedem (involuntariamente) que o mundo pule e avance!
Não podemos matar a esperança! Se o caminho se faz caminhando, haverá sempre quem não aguente a intensidade da caminhada e, por isso, irá um pouco mais atrás!
Sem medo! Temos de dar a volta a isto!

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