Sim, sim. Não, não
Hoje há um redobrar de responsabilidade (que é exigida) dos pais/encarregados de educação e dos professores para preparar o nosso futuro, os filhos, os alunos, as gerações mais novas. Porque, claramente, o futuro dos jovens é o nosso futuro também! É uma responsabilidade comum.
Tal como acontece, com toda a certeza, na família, a educação dos filhos não decorrerá da melhor maneira se o pai e a mãe entrarem em contradição sobre o que dar ou evitar. Se a mãe diz que não e o pai diz que sim, o filho vê-se impelido a optar pelo que lhe é mais apelativo, isto é, governa-se! E este tem sido um dos nossos principais problemas nos últimos anos: entregámos aos jovens (sob o pretexto, por exemplo, de “ele é que sabe o que quer fazer”) a decisão sobre matérias que ainda não estavam preparados para assumir. E, pior que isso, demitimo-nos da principal função, sermos pais, mães, educadores!
Ora, é importante reforçar este princípio fundamental, que é elementar na nossa cultura: “ninguém nasce ensinado”. Saber dizer “não”, quando deve ser não, e saber dizer “sim”, quando deve ser sim. É um importante quadro de valores!
A escola, os professores, fazem um discernimento permanente para dar o melhor aos seus filhos, às alunas e alunos. Uma educação (que deve ser integral): conhecimentos específicos e técnicos, saúde, bem-estar, relação com os outros, participação cívica. Aos Pais é pedido que, quando tiverem dúvidas sobre esse percurso (fortemente tutelado por muitos “Livro de reclamações”!), por esta ou aquela atitude, antes de tomarem partido (podendo obviamente ter razão) é pedido também o mesmo discernimento, consentâneo com a dignidade de ser professor, educador do seu próprio filho.
Não seja a escola a dizer “sim” e os Pais a dizerem “não”, e vice-versa, gerando nos filhos/alunos grande confusão.
Por outro lado, é muito importante valorizar a importância que muitos pais já vão assumindo, reinventando os seus quadros de responsabilidades, do ser mãe e pai! Como é difícil, mas de honrosa esperança, educar um filho, assumir os sacrifícios que se fazem?! Porém, redobra também a alegria de olhar para o futuro e ver que vale a pena.
1 comentário:
Acho que é importante tocar nestes valores familiares que se estão a perder. Os pais neste momento não têm tempo para os filhos, e isso é uma das causas que faz com que os pais dêem muita liberdade para compensar o tempo que não estão com eles. Penso que ser pai e mãe neste momento é uma arte difícil de criar. Ninguém nasce mãe e nem pai... e os valores que vemos nos nossos pais, influência a maneira como actuamos no futuro... por isso os jovens de amanhã, serão piores ou melhores que os pais de ontem. Só Deus poderá dar a graça para que muitos jovens não sigam as opções de seus pais... e que outros sigam os bons exemplos da sua família.
Andrea
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