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domingo, 19 de outubro de 2008

PL, in "Correio do Vouga" - 2008.10.22

A presa

No topo da pirâmide da cadeia alimentar não está o leão, como é tradicional considerar-se, mas sim o humano! Este ser é capaz de devorar tudo até à supressão da espécie, da sua própria espécie!

Curiosamente, no ocidente latino e anglo-saxónico, próximos de 2009, ano do bicentenário do nascimento de Darwin e 150 anos de “A origem das espécies”, quase que poderemos referenciar, em paralelismo forçado, cinco pilares sistematizadores da espécie humana: Darwin (para todos); Marx para as classes sociais; Freud para os estados de ser; Weber para a sustentação; Durkheim para a vida em grupos. A estes juntamos, porque a natureza deste espaço assim o exige, Carlos Queiroz para o futebol português entre o século XX e XXI!

Mas porquê esta confusão temática!? – bocejará o leitor!

Tudo está interligado com o assunto que encima este apontamento, a presa.

Há pessoas que por mais competentes que o sejam, na formação, na fundamentação, na gestão,… em tudo perfeitas (admitamos como possível), dificilmente atingirão aquele grau de estrelato (em sentido pejorativo!), ou seja, não têm tempo para usufruir dos resultados alcançados e, mesmo quando os apresentam, já não estão lá para o reconhecimento; foram chamados a outro lugar onde eram mais necessários (por vontade própria ou pelas circunstâncias)! Ou seja, na diversidade das espécies, as camuflagem, artimanhas, garras, astúcia,…são os elementos temidos, porque assim consegue-se o resultado, a presa. E, sendo o normal entre as espécies não racionais, o ser humano, talvez pela mitigação dos elementos (de classe, sociais, racionais, emocionais,…), é reconhecido, quase exclusivamente, pelos resultados que obtém! Os fins justificam (todos) os meios! Portanto, os meios são quaisquer uns!

Ora, Carlos Queiroz construiu, de base sustentada, duas gerações de campeões (do mundo!), nos finais de oitenta e inícios de noventa. Depois, vieram os outros que não conseguiram o máximo potencial! Depois dessas duas gerações com atletas metódicos, empenhados, disciplinados, com sentido de grupo e de responsabilidade (mesmo com as inconsequências reconhecidas!), surgiu a geração das vaidades: brincos, tatuagens, carros, roupas, milionários de vida fácil, vedetas, individualistas; a dos balneários partidos (Clermont-Ferrand, França, 19 de Novembro de 2003), dos Jogos Olímpicos de Atenas, do Euro 2008,… inconsequentes!

E Queiroz regressou! Certamente para preparar uma nova geração. Como não é homem de vedetismos… virá semear, potenciar meios, para outros, mais à frente, colherem… a presa (o resultado último)! E por mais amargos que isto possa trazer no imediato (ou não!? Ainda pode ter chegado a tempo!), sabe que os recursos não são para esgotar. O tempo é de ser bom administrador selectivo de uma herança comum, para que as gerações vindouras ainda tenham saída para a sua existência!

Até no futebol, quem diria!?

1 comentário:

Anónimo disse...

Como sou fã do melhor clube que é Deus, deixo este blog, por achar que não me eleva a alma. Com isto não quero dizer que não tenha utilidade, apenas busco as coisas de Deus. A sua missão é aquela que Deus lhe deu e espero que continue a desempenhá-la com o mesmo empenho e dedicação em união com Ele. Todos nós somos um membro de Cristo e cada um tem uma missão diferente. Continue a sua missão, pois muito pode contribuir no meio do mundo.
A minha missão é como a de Teresinha do Menino Jesus, ser um holocausto de amor. Até...

AF a eterna adoradora de Deus pai e do Santíssimo sacramento no espírito santo.