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EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PL, in "Correio do Vouga" - 2008.10.01

Já não há capim


O provérbio africano está actualizadíssimo, quando os elefantes lutam, quem sofre é o capim – a erva pequena que estes trucidam no afã da refega!

É disso que se trata. Pior, os elefantes estão a sucumbir! E com uma volumetria daquelas não há quem consiga, só por si, continuar a caminhada.

O momento é sério. O mundo atravessa uma preocupante odisseia de contornos económico-financeiros. Será o fim do capitalismo (também) democrático como muitos de nós o estudámos, sobretudo baseado na teoria de Michael Novak?

O teólogo norte-americano, defende que o capitalismo em democracia, sujeito a valores morais, é a garantia de sucesso social, a única forma de se acabar com a pobreza no Mundo. Ou seja, um capitalismo (democrático) assente em três elementos: uma economia de livre concorrência, um regime democrático respeitador dos direitos dos indivíduos, um conjunto de instituições culturais pluralistas animadas pelos ideais de liberdade e justiça para todos.

Parece que ruiu a teoria, o edifício, o capitalismo liberal, a economia de mercado liberalizado!

Inacreditavelmente estamos no limbo. A política sabe que tudo está perdido mas qualquer afirmação pode fazer cair mais um elefante. Os elefantes já não têm onde cair desfalecidos. O capim está destruído!

E é importante acreditar que já não há… nem capim! Assim, evitar-se-ão dissabores maiores. Apesar de tudo, esta crise parece propositada. É um pouco maquiavélico mas… enfim… com a necessidade de reconverter velhos hábitos energéticos, com a opinião pública mundial a aderir à salvação do planeta,… fica no ar a sensação que poderá haver aqui uma fuga em frente. O mesmo será dizer, o elefante (chefe da manada) quer provocar uma hecatombe para que haja uma injecção de capitais públicos (dos vários estados, bancos centrais – também dependentes do dinheiro para evitar a desagregação social!) e gerar mais movimento, mais alienação, mais lucros para os que têm mais. Apenas desconfianças de um leigo na matéria!

Mas no meio de tudo isto, um pouco de bonomia na aproximação ao espírito deste apontamento, o desporto!

Há crise? Qual crise? Ainda há as acções do Benfica! Do Benfica e de todas as outras SAD!

Aliás, basta ver os resultados europeus e fica-se logo a saber, mantendo a presença da sabedoria africana anotada à entrada,… onde estão os elefantes!

Por aqui, entre nós, não será certamente! Só vemos capim, e seco!

Entretanto, naquele gesto de solidariedade satírica, sempre se pode acrescentar “coitados dos americanos, o que lhes foi acontecer! E logo a eles, tão ricos!”

Mas é mesmo verdade! Porque o pouco que temos, não paga a preocupação.

1 comentário:

Anónimo disse...

Só Deus Basta! É preferível ter pouco e ter Deus, do que muito e não o ter. Quando se encontra Deus, somos felizes com o pouco.
"De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se perde a sua alma?" (Mt 16, 26)

AF