PODER,
PARTICIPAÇÃO E CORRESPONSABILIDADE “4.0”
Os poderes clássicos de conceção iluminista do
Estado evoluíram em e para o imediatismo na mutação da cor e opinião/orientação
política do “executivo”, que corresponde invariavelmente a alterações profundas
nas políticas públicas, geram o padrão de excesso de “reformismo” traduzido em
fraca estabilização das opções, pouca cooperação entre atores na fase de
implementação, escassa monitorização de impactos e grave desperdício nos
investimentos de médio e longo prazo. O resultado são políticas erráticas,
pouco negociadas, com horizontes de curto-prazo e que não exploram as
complementaridades entre diferentes domínios setoriais – independentemente da sua marca ideológica.
A mudança estrutural na esfera pública incrementa a
participação. A raiz histórica do espaço público liberal, e as questões
inerentes, conduziu à recente (re)conceptualização da esfera pública política que
se encontra intrinsecamente ligada à proposta em que a legitimidade dos
processos políticos de tomada de decisão (formação da vontade) depende de uma
esfera pública política influente (formação da opinião). E esta, numa nova era
social, em rede (indústria 4.0), obriga à revisão da legitimação dos próprios
poderes constitucionalmente providos.
A política como conjunto de ideias, de ações e de
instituições é constante criação, constante relativização de teorias, de
estruturas e de grupos que devem ter o centro da sua motivação em gerir e
orientar a Res Publicae para o bem
comum (em risco?!).
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